O perigo do pós-modernismo

Cada época tem sua perspectiva e forma de enxergar o mundo. Ninguém olha para a realidade de uma forma neutra, todos nós carregamos os óculos de cosmovisões que irão moldar a forma como damos sentido ao mundo em geral e à vida em particular. Hoje estamos vivendo aquilo que os filósofos caracterizam de pós-modernidade.
Ó tempos! Ó costumes!


Atribui-se a Cícero essa expressão cuja tradução é “Que tempos os nossos! E que costumes!” Com isso, Cícero estava lamentando a decadência do seu mundo contemporâneo. Não há dúvidas de que essa expressão se aplica ao nosso mundo atual: decadência moral, destruição da família tradicional, ataques a toda e quaisquer espécie de autoridade, conservadorismo ou verdade.Se um aluno cristão, num ambiente universitário, alega que apenas o Cristianismo é verdadeiro, ele logo é tachado de fundamentalista e retrógrado. Os professores e alunos dirão que o cristianismo é uma religião como qualquer outra no mundo. Não há religião verdadeira, tudo é uma questão de gosto ou de se sentir bem. De fato, as universidades estão sendo os holofotes onde o pós-modernismo é proclamado. Isso é perigoso, de lá sairão os homens e mulheres que irão influenciar nossa sociedade: advogados, filósofos, médicos, jornalistas, etc.

Tudo isso reflete o espírito do nosso tempo: o pós-modernismo. Segundo Stanley J. Grenz:
O pós-modernismo está cada vez mais presente na sociedade como um todo. Podemos detectar um deslocamento do moderno para o pós-moderno na cultura ‘pop’ que vai dos vídeos musicais desconexos à nova série de Jornada nas Estrelas chegando até aos aspectos cotidianos da vida contemporânea, como, por exemplo, a nova procura por espiritualidade no mercado e a justaposição dos diferentes estilos de roupas que muitas pessoas usam. (GRENZ, J. Stanley. Pós-modernismo: um guia para entender a filosofia de nosso tempo, p. 26)
Definição de pós-modernismo:

Segundo o filósofo J.P. Moreland, em seu livro O triângulo do reino, o pós-modernismo é caracterizado como um tripé:
É tanto uma noção histórica, cronológica, quanto uma ideologia filosófica. (Moreland. J.P. O triângulo do reino. p. 103.)
No aspecto histórico, o pós-modernismo é um período posterior e contrário à modernidade. Por modernidade, refiro-me ao período que tem sua gênese a partir do renascimento (séculos XVI a XVII) e que teve seu apogeu no iluminismo (séculos XVII a XIX). Os filósofos René Descartes e Immanuel Kant são figuras conhecidas desse período.

Nessa época, os filósofos idolatravam a razão. Eles davam grande ênfase na racionalidade e no método científico; pois acreditavam que ao enfatizarem essas coisas o mundo iria melhorar progressivamente. A visão que os modernistas tinham era de triunfalismo e de otimismo. O pós-modernismo é contra essas coisas, sua visão de mundo é pessimista e cética contra qualquer ideia de progresso.

Se os modernistas apregoavam a conquista da natureza através da ciência, conforme proposto por Francis Bacon, os pós-modernistas querem cooperar com a natureza, pois acreditam que a natureza está ficando cada vez mais um lugar inseguro de se habitar. Sendo assim, o pós-modernismo é uma reação ao modernismo.

Outro ponto que marcava os modernistas era sua tese de que existia a objetividade e o conhecimento. Os modernistas, em geral, acreditavam que o homem podia se despir de suas subjetividades e alcançar a objetividade na aquisição do conhecimento. Outro fator importante para entender a modernidade era que eles acreditavam que o conhecimento era acessível à mente humana.

Por isso, a tentativa do filósofo René Descartes em tentar achar um conhecimento que fosse absoluto. Os filósofos modernistas discordavam acerca de como o conhecimento era alcançado, se através dos sentidos (empiristas) ou através da razão (racionalistas). Mas eles compartilhavam o conceito de que era possível ter acesso ao conhecimento. Os pós-modernistas rejeitam a tese de que é possível alcançar a verdade e o conhecimento objetivo. Em seu aspecto cronológico, o pós modernismo é uma era que veio logo após a modernidade e a substituiu (Moreland, p. 104).

Mas além do sentido histórico e cronológico, o pós-modernismo é, decerto, uma ideologia filosófica que nega valores absolutos e fixos, como razão, objetividade, verdade, moral, essências, etc. Ou seja, ele é uma visão filosófica que tem como base uma visão relativista de todas as coisas. Segundo Grenz:
Os pós-modernos creem que não somente nossas crenças específicas, mas também nossa compreensão da própria verdade, encontram-se enraizadas na comunidade da qual participamos. (Grenz, p. 29)
Tudo é uma mera construção social. A linguagem é o que determina o que é certo ou errado. Não existe uma realidade além da linguagem. A linguagem não aponta para algo externo a ela. Estamos presos num emaranhado linguístico. Tudo é uma construção social feita por um grupo de indivíduos que compartilham uma narrativa.

Narrativa é uma visão de mundo, como o marxismo, nazismo, judaísmo ou cristianismo. Nas palavras do Moreland:
Uma narrativa é a história da comunidade que revela quais perspectivas ela adota. Essas narrativas estão arraigadas no contexto social dos indivíduos que nascem nesses grupos. Parodiando o sofista Protágoras, o pós-modernista diz: ‘A comunidade é a medida de todas as coisas’.
Ora, uma vez que são muitos os grupos de indivíduos, cada grupo determina sua verdade. Não há uma verdade universal que perpassa essas comunidades, como queriam os modernistas. Por isso, a desconfiança dos pós-modernistas a toda e qualquer metanarrativa. Metanarrativas são afirmações universais e totalizantes. Um exemplo de uma metanarrativa é a Bíblia ou os credos eclesiásticos. Elas fazem afirmações atemporais que transcendem o espaço e o tempo.

Por exemplo, os cristãos afirmam que o que a Bíblia diz é verdade para todos os tempos. O credo niceno-constantinopolitano alega que Jesus é Deus encarnado. Essas declarações, para os cristãos, são verdadeiras em todos os tempos e lugares. O próprio conceito de que a Igreja é católica (universal) é uma afronta para os pós-modernos, pois, para eles, não há verdades universais. Filósofos pós-modernos que são idolatrados nas universidades são: Friedrich Nietzsche, Ludwig Wittgenstein, Michel Foucault e Jacques Derrida.

A influência da teoria literária desconstrucionista

O ataque à modernidade e, consequentemente, ao iluminismo, veio de uma teoria literária, a saber, o desconstrucionismo. Segundo os desconstrucionistas, o significado de um texto não é inerente ao texto em si, mas está na cabeça do intérprete. O texto é um container semântico. Cabe ao leitor interpretar da forma como ele bem entender. O leitor não vai ao texto para descobrir um sentido que está lá, porque não há nenhum significado escondido lá, cabe ao leitor ir ao texto e construir o significado. Os pós-modernistas se aproveitaram disso e o expandiram para toda realidade. Conforme nos diz Grens:
Os filósofos pós-modernos aplicaram as teorias do desconstrucionismo literário ao mundo todo. Assim como um texto terá uma leitura diferente conforme o leitor, dizem eles, da mesma maneira a realidade será ‘lida’ diferentemente por todo ser dotado de conhecimento que com ela se depare, isso significa que o mundo não tem apenas um significado, ele não tem nenhum centro transcendente para a realidade como um todo. (Grenz, p. 18)
Derrida sugeriu que nos desapeguemos da ontoteologia (descrições verdadeiras da realidade), assim como da metafísica da presença (a tese de que existe algo transcendente no mundo). O importante é o sujeito que interpreta a realidade. Para outro teórico pós-modernista, Michel Foucault, qualquer tentativa de se interpretar a realidade objetivamente é um desejo de imposição de poder.

Pós-modernismo, ambientalismo e o marxismo

Existe uma relação estreita entre o ambientalismo e o marxismo com o pós-modernismo. Os pós-modernistas criticam o sujeito controlador da natureza que era pregado na modernidade. Como disse Gene Edward Veith, os pós-modernistas rebaixam o indivíduo em detrimento da natureza. Não é por acaso o forte apelo dos ambientalistas no nosso mundo. Os ambientalistas colocam a natureza acima do homem. O homem é tratado como se fosse um parasita neste planeta. Por isso a luta das políticas públicas para controlar o crescimento da população mundial. Esforços e propagandas são feitas para que os casais não tenham muitos filhos para não esgotar os recursos da natureza.

Alguns ambientalistas são tão radicais que chegam ao ponto de idolatrar a natureza. Como disse Gene Edward Veith:
O ativista Pentti Linkola, do Partido Verde da Finlândia, argumenta que as pessoas são um erro evolucionário, um câncer da terra. Linkola chega ao ponto extremo de dizer que ele tem mais pena das espécies ameaçadas de insetos do que das crianças que estão morrendo de fome na África. (VEITH, Edwaurd Gene. Tempos pós-modernos, p. 68)
Na esteira do ambientalismo surge o Movimento dos direitos dos animais. Muitos adeptos desse movimento não veem diferença entre a espécie humana e os demais animais. Se alguém alega que os humanos são superiores aos animais, dizem eles, estará cometendo o erro de especismo, um tipo de racismo entre as espécies. Mas isso não é de se espantar. É apenas um corolário das premissas pós-modernistas. Como bem disse Veiht:
Num mundo sem absolutos, não existe base para se dizer que os seres humanos sejam melhores do que qualquer outra espécie. (Op. Cit. P. 68).
Os marxistas (eles se denominam pós-marxistas) aproveitam a ênfase dos pós-modernos à comunidade e ao coletivo para implantar suas ideias. Uma vez que não há um sujeito autônomo conforme diziam os modernistas, o homem agora é moldado pela coletividade. O homem agora não é mais o sujeito de sua vida, mas vítima do ambiente social onde vive. A miséria e a pobreza são culpa do Capitalismo. Uma vez que é a sociedade que formata o sujeito, cabe agora criar estratégias que modelem a sociedade para que um novo homem seja formado.

Críticas ao pós-modernismo

O pós-modernismo é perigoso para o Cristianismo. Se não há verdades absolutas, então por que adotar o Cristianismo e não o Budismo ou Islamismo? Se a tese dos pós-modernistas estiver correta, então tanto faz ser cristão ou judeu, já que nenhuma declaração dessas religiões corresponde a uma realidade. Isso é uma destruição do Cristianismo. O Cristianismo, ao longo da história, sempre combateu religiões falsas. Dizer que nenhuma religião é verdadeira é minar a singularidade de Cristo, uma vez que ele é colocado lado a lado com outros líderes religiosos, como Maomé, Moisés, etc.

Outro problema que afeta o cristianismo é a evangelização. Os cristãos sempre seguiram o mandamento de Jesus de irem a todo mundo e pregarem o evangelho a toda criatura (Mt 28.19). Como pregar o evangelho para pessoas infectadas com a mentalidade pós-moderna? Gene Edward Veith disse mais ou menos estas palavras:
É difícil evangelizar um sujeito que relativiza o pecado.
Se o pós-modernismo estiver certo, então não há necessidade de chamar as pessoas para se arrependerem de seus pecados. E mais: o multiculturalismo, o pluralismo religioso e o perspectivismo são as alternativas para a nossa sociedade, caso o pós-modernismo tenha razão. Sendo assim, seria uma ofensa para um cristão pedir que um adepto do judaísmo se convertesse ao cristianismo. Os cristãos sempre saíram mundo afora, desde o primeiro século, pregando Cristo entre as religiões pagãs e alegando que a salvação se dava somente através de Cristo. Por essa razão que os pós-modernistas chamam os cristãos conservadores de imperialistas que querem impor sua cultura religiosa sobre outras culturas.
Negação da verdade universal.

Os pós-modernos se sentem felizes ao negarem a existência da verdade universal. Porém, eles não percebem que ao fazerem isso estão, na verdade, dando um tiro no próprio pé. A própria alegação de que “não existe verdade absoluta” já é, em si mesma uma declaração absolutamente verdadeira da realidade. Logo, é uma contradição fazer tal afirmação. Se tudo for relativo à cultura, então o próprio pós-modernismo é relativo à cultura de onde nasceu; então, ninguém está na obrigação de concordar com o postulado relativista pós-moderno.
Não existe uma realidade fora da nossa linguagem?

Segundo os pós-modernistas, não há uma realidade lá fora que nossa mente possa acessar. Pois todo acesso ao mundo é mediado pela linguagem. Se isso for verdade, então caímos num completo ceticismo, e não podemos fazer nenhuma declaração sobre o mundo lá fora. A ironia de tal pensamento é que quando um pós-modernista lê uma bula de remédio ele acredita que as palavras da bula correspondem a uma realidade (o remédio) que existe fora das palavras da bula. Ele não duvida do que a bula diz. De fato, a própria declaração de que não existe uma realidade fora da nossa linguagem já é uma declaração acerca da realidade. Logo, é incoerente.

Negação das metanarrativas

O próprio pós-modernismo é uma metanarrativa. Pois faz declarações universais e atemporais acerca do mundo. Eles acreditam que no passado tudo era mediado pela linguagem, que no presente o mesmo acontece e no futuro será a mesma coisa. Ora, isso é uma metanarrativa radical, pois faz afirmações que se aplicam a todas as eras. Só há duas saídas para o pós-moderno: se o pós-modernismo for verdadeiro, então ele é falso, pois faz uma declaração universal e transcendente; se for falso, então não é verdade que não existem metanarrativas.

Os pós-modernos são incoerentes quando alegam que não há verdade que transcenda às comunidades específicas

Ao alegarem isso, ou seja, que não há uma verdade absoluta e universal que transcenda às comunidades específicas, estão fazendo uma afirmação absoluta e universal de que nenhuma comunidade local detém a verdade absoluta. Eles são pegos naquilo que rejeitam, pois negam uma verdade absoluta e universal enquanto fazem uma declaração absoluta e universal sobre todas as comunidades. Enfim, meu objetivo era apresentar da forma mais sucinta possível o pós-modernismo e suas implicações perigosas para o nosso mundo atual. O pós-modernismo gera um caos na sociedade e é um perigo para o cristianismo.
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Referências:

O triângulo do reino. J.P. MORELAND. São Paulo. Editora Vida.

Tempos pós modernos. Gene Edward Veith. São Paulo. Ed. Cultura cristã.

Pós-modernismo: um guia para entender a filosofia do nosso tempo. Stanley Grenz. São Paulo. Ed. Vida Nova.

Fonte: Storyf CIU211

Cristãos Relativistas?

Por: Marcos Batista Lopez

Vivemos em uma sociedade pós-modernista que está sendo assolada pelo relativismo.


Primeiramente devemos saber o que é relativismo. Segundo o dicionário Aurélio seria: “teoria filosófica que se baseia na relatividade do conhecimento.” Já ouvimos por diversas vezes frases como esta: “Ah isto é relativo!”. Ou seja, as pessoas deste século são em grande parte relativistas, acreditam que não existem verdades absolutas. Os romanos ficavam encolerizados diante da simples menção de que Cristo estava acima dos outros deuses – ou, ainda, de que nenhum outro deus sequer existia. Para eles, era insuportável, tanto do ponto de vista político quanto religioso, a insistência cristã de haver um só redentor legítimo disposto a vir salvar a humanidade.


Os romanos eram tolerantes com todos, menos com os intolerantes. Hoje as pessoas dizem que devemos ser tolerantes com as outras, principalmente se o assunto for moral, ética ou religião. E o pior de tudo isto é que o relativismo atingiu milhões de cristãos evangélicos. Hoje conversamos com evangélicos que acham que defender a fé cristã ante os algozes seria uma perda de tempo. Estudar doutrinas fundamentais – “Ah não, é muito entediante” – dizem alguns, estudar apologia – “Por favor pare com isto, você acha que eu vou perder meu tempo estudando o que os outros pensam sobre Deus e Cristo, me faça o favor”, e assim milhões de evangélicos estão vulneráveis.

Ao lerem um artigo em que alguém ataca a fé cristã através de jornais, revistas, rádio, internet ou mesmo na televisão, ao invés de procurarmos responder a estas investidas, pensam que seria uma grande perda de tempo que não levaria a nada. Acham que o cristão deve pensar em outras coisas, como em musicas, retiros se esquecendo do evangelismo, missões, vida cristã, defesa da fé que são mandamentos cristãos. Hoje defender a fé é perda de tempo para muitos líderes cristãos, e não se incomodam em perdem cada dia mais membros para as seitas, pois milhares de lideres, lamentavelmente se tornaram relativistas.

E você também é relativista?

O conhecido Pr John MacArthur Jr. certa vez alertou sobre a apostasia:
“Os cristãos de hoje tendem a comprometer o ensino e o padrão bíblico. Pressionados pelo movimento feminista, alguns cristãos reinterpretam o ensino bíblico sobre o papel da mulher. Outros reinterpretam os primeiros capítulos de Gênesis numa tentativa fútil de harmonizar o relato bíblico da Criação com a teoria pseudocientífica da evolução. Alguns insistem em que a Bíblia não ensina todos os princípios necessários para resolvermos os problemas da vida, e recorrem a psicologia. A fé que “uma vez por todas foi entregue aos santos” ( Jd 3) muitas vezes é transformada num cata-vento: gira com qualquer vento de mudança. Qual é a fonte suprema de autoridade em sua vida? Quando se depara com um conflito entre o ensino bíblico e uma idéia contemporânea, que você faz? Reinterpreta a Bíblia, ou rejeita a idéia nova? Você esta disposto a defender a Palavra de Deus? Estude o Salmo 19.7-11 e veja como Deus descreve sua Palavra e determine apoiar-se nela (Homens e mulheres – John MacArthur, Jr – pg 198).

Alguns estão mais preocupados em como agradar o povo de Deus e trazer entretenimento para a Igreja. Você percebeu o quanto o ensino escatológico está cada vez mais ausente dos púlpitos? Sermões sobre a existência do inferno e em como ter uma vida de renuncia é algo do passado para muitas igrejas ditas cristãs. Sobe a influência do racionalismo e da teologia da prosperidade, muitos cristãos são tentados a viver confortavelmente nesta terra. Muitos ministros preferem trazer apenas sermões que agradem o povo e não mensagens que confrontam a igreja contra o viver hipócrita.

O que é a igreja hoje? Um negócio? Um espetáculo? Um clube social? Um pronto-socorro espiritual? Qual é o verdadeiro sentido da Igreja hoje? O crescimento numérico das igrejas significa que o Reino de Deus está avançando? E qual é o lugar dos dons espirituais no cotidiano da igreja? Sua igreja desenvolve um ministério com as viúvas? Ela cumpre sua responsabilidade bíblica de cuidar das mulheres piedosas que não tem recursos próprios? ( Tg 1.27). Se a igreja não tem, você poderia orar junto com o pastor e ser o instrumento para que tal ministério seja iniciado. Enfim, será que nossos interesses tem sido os interesses de Deus para com sua Igreja?

Você obedece todos os mandamentos, ou só aqueles que coincidem com seus desejos? Lembre-se: Cristo é o seu Senhor e Ele exige obediência completa. Antes de ascender aos céus, Jesus ordenou aos seus discípulos: “Ide… fazei discípulos de todas as nações.” (Mt 28.19).

Assim ele estabeleceu a evangelização com prioridade número um para a Igreja. Muitos cristãos, porém, agem como se a responsabilidade da evangelização fosse do pastor ou do departamento de evangelismo da Igreja. E quanto a você? Está preocupado com as almas perdidas, ou suas preocupações são com os negócios desta vida passageira? Quando foi a última vez que falou de Jesus para um não cristão? Será que ao ler este folheto não poderá chegar à conclusão que você está se tornando um relativista, ou que seu amor pela obra do Senhor está esfriando? A Bíblia diz que “todas” as virgens cochilaram (Mt 25.5) e está é a situação hoje de muitos lideres e cristãos que estão dormindo e as almas se perdendo para o inferno sem retorno. Paulo diz que um líder deveria ser apto “tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes” Tt 1.9. Para os evangélicos em geral, todos deveriam defender as Escrituras (1Pe 3.15) e amar a Deus com todo o seu pensamento (Mt 22.37). Deus não estabelece nenhum prêmio para a ignorância.

Você visitaria um médico que não tivesse estudado a respeito das doenças? Poderia confiar nele? Mas existem milhões de cristãos que estão confiando a sua vida eterna a ensinamentos nada ortodoxos ensinados por inúmeros lideres leigos. Estudar a defesa da fé deveria ser uma das prioridades de todo cristão pois é mandamento bíblico, e aproximar-se das falsas filosofias do mundo para estudá-las, do mesmo modo que um pesquisador médico se aproxima do vírus HIV. Ele deve estudá-las de modo objetivo e cuidadoso, com a finalidade de descobrir o que há de errado com elas.

Outrossim, todo líder pela Bíblia deveria ser um mestre nas Escrituras (Ef 4.11; Tg 3.1). Infelizmente observo a igreja atual e me torno pessimista, para mim a Igreja não irá melhorar sua conduta, pois é Bíblico que o amor de muitos esfriaria (Mt 24.12). Mas o que está em jogo é ser um cristão Bíblico em todo o seu viver. O mundo se afastará cada dia mais de Deus através do pecado e do relativismo, mas você aceitará a ideologia filosófica do relativismo como seu modo de vida?

Irá continuar aceitando todo modismo evangélico que surgir, doutrinas estranhas e tudo que lhe oferecerem como uma nova verdade? Cuidado. Somente através do estudo sistemático das Escrituras, você poderá livrar sua mente de se tornar mais um relativista. A apostasia está ai, escapa-te por tua própria vida (Col. 2.4).

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Fonte: Napec

A heteronormatividade realmente é a regra para o casamento cristão?

Por Fábio Ribas:

Ao tratarmos da questão do matrimônio cristão, caímos sempre no engodo de duas situações. A primeira é a ênfase monolítica de que a regra para o casamento cristão é a heterossexualidade. A segunda é o silêncio assustador sobre o número de divórcios no meio cristão. Quero começar falando sobre esta segunda situação.

O casamento cristão deve ser defendido a partir da infância, desde casa até às igrejas. É preciso que se comece uma batalha tenaz a partir das crianças sobre o papel do que é ser um homem e do que é ser uma mulher. Por que estou insistindo nisso? Porque a principal causa dos divórcios não é como muitos supõem a traição conjugal, mas – pasmem – a principal causa dos divórcios é a crise financeira.

Assim, enquanto somos iludidos pela sociedade sexista e hedonista de que devemos dar uma educação sexual aos nossos filhos que garanta um casamento pleno de satisfação, o número de divórcios continua a aumentar porque temos gasto toda a munição atirando numa só e única direção.

Os pais precisam investir, desde cedo, na educação financeira dos seus filhos, principalmente ensinando a responsabilidade do homem em suprir materialmente a sua casa. Infelizmente, o que mais encontramos hoje são casais cujos maridos tornaram-se orgulhosamente dependentes financeiros de suas esposas! A tão badalada independência feminina apenas tem contribuído para que muitos homens repassem sua dependência da mãe para a esposa. Ridículo!

Infelizmente, ainda que as finanças sejam a principal responsável pelos divórcios, a Igreja não trata desse tema por não vê-lo como um “assunto espiritual”. Enquanto isso, o materialismo, a avareza e o descontrole financeiro têm sacrificado famílias inteiras no altar de Mamon.

Outra ênfase equivocada na questão do casamento tem sido a defesa conservadora da heteronormatividade como regra para o casamento cristão. E isto é um erro que quero explicar aqui, pois está custando à igreja um desvio de direção que a tem posto cada vez mais distante de fazer aquilo que deve fazer: evangelizar.

Ao lermos a famosa passagem da carta de Paulo sobre o casamento, em Efésios 5:21- 6:4, precisamos ser alertados de que estamos incorrendo em gravíssimo erro e perdendo uma preciosa chance de servirmos ao Senhor. Paulo mostra que a regra e o modelo para o casamento cristão não é a heteronormatividade, pois esta já fora estabelecida como regra para toda a humanidade em Gênesis 2: 18-25.

A regra e o modelo para o casamento cristão ultrapassam, excedem, transcendem o propósito do casamento para todos os povos, que é um homem para uma mulher e uma mulher para um homem. Paulo expõe que o casamento cristão tem como regra e modelo a própria Igreja!

Cada família cristã deve compreender que, partindo do contexto da carta de Paulo aos Efésios, nossa família deve ser um instrumento nas mãos de Deus para a proclamação do Evangelho. As outras famílias devem ser impactadas por verem a própria Igreja de Deus nos nossos lares – esta é a regra e o modelo para o casamento cristão.

Cada família cristã é uma Igreja. O marido assume a sua identidade a partir do exemplo de Jesus, que amou, cuidou e morreu pela Igreja. A esposa, confiante diante de um marido que é líder espiritual dentro de casa, que é o pastor que abre e expõe a ela e aos filhos a Palavra de Deus, terá toda a confiança de se submeter a ele. E filhos criados não para o mundo, mas para a glória de Deus.

Enfim, a comunidade da igreja local precisa se voltar para as famílias, ensinando-as a assumirem o propósito de Deus para elas. E, assim como somos chamados a gerir com responsabilidade os dízimos e ofertas para a glória de Deus nas igrejas locais, deveríamos ensinar a cada família a fazer o mesmo com suas finanças em casa.

Além disso, que cada família seja um modelo da Igreja, porque, esforçando-nos para fazer assim, estaremos evangelizando para a glória de Deus outras famílias de nosso convívio. Que assim seja sob o poder do Espírito Santo!

A aliança entre o narcotráfico e o avanço islâmico no Brasil


Existem muitas pessoas com que eu converso que são de opinião que o islamismo não tem chance de se espalhar nas favelas porque os traficantes não irão deixar. Na verdade, o oposto é mais provável de ocorrer.
Imagine o que os líderes do tráfico irão fazer quando souberem que o islamismo aprova a sua atividade, desde que eles se tornem muçulmanos e paguem a "caridade islâmica" chamada de zakat?

Imagine o que os líderes do tráfico irão fazer quando souberem que o islamismo permite que eles tenham várias mulheres, incluindo várias esposas, concubinas e amantes através do casamento temporário ?

Imagine o que os líderes do tráfico irão fazer quando souberem que a lei islâmica define que matar infiéis não é crime?

Imagine o que os líderes do tráfico irão fazer quando souberem que o profeta islâmico Maomé foi tão criminoso quanto eles, mas que ele (Maomé) é o modelo de conduta e imitá-lo significa o máximo da perfeição islâmica?

Imagine o que os líderes do tráfico irão fazer quando souberem que eles podem acusar a polícia de "discriminação religiosa" e "islamofobia" ao serem presos?

O fato é que já existem indícios de que esta aliança entre o narcotráfico e o terrorismo islâmico já está ocorrendo. Por exemplo, recentemente, nove pessoas foram presas em decorrência da Operação Inconfidência Mineira, deflagrada em 15-05-2017. Esta operação da polícia federal desarticulou uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) que atuava em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo. Segundo Adilson Aquino, delegado titular da Seccional de Guarulhos, apenas duas dessas pessoas foram presas em 15-05-2017– as demais já cumpriam penas. O nome da operação se refere ao bairro onde ela ocorreu, que leva o nome do líder da Inconfidência Mineira.

Dentre os presos os presos está o libanês (muçulmano) Mohamad Hassan Atris, conhecido como "Hezbolah", que ocupava uma posição de alta patente dentro da facção criminosa; PCC." (Agência Brasil)

Mas isso não é de hoje. Já existem indícios de envolvimento de grupos muçulmanos no narcotráfico, sejam grupos da linha sunita quanto da linha xiíta (por exemplo, o Hezbollah).

O Hezbollah vem atuando na América do Sul, com conexões com o tráfico de drogas, motivo pelo qual ele é referido, algumas vezes, como uma organização narco-jihadista. Por exemplo, notícias recentes dizem que Hezbollah movimenta 'toneladas de cocaína' na América do Sul, Europa para financiar operações terroristas, que redes de tráfico de drogas internacionais 'conectam o Hezbollah aos cartéis da América Latina, e especialistas dizem que os cartéis da América Latina estão pagando uma 'taxa do Hezbollah' para movimentar drogas para a Europa. Uma análise estratégica também recente diz que o Irã e o Hezbollah continuam super ativos na América Latina. Esta mesma análise menciona que as atividades do Hezbollah no Brasil e países vizinhos não podem ser ignoradas."

Para se compreender o tamanho do perigo e do poder do narco-tráfico, em fevereiro deste ano, os EUA acusaram o então recém-empossado vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, de ser um narco-traficante, afirmando que ele tem "um papel importante no tráfico internacional de narcóticos", com conexões com os cartéis no México (CNN). O governo da Venezuela tem sido acusado de emitir passaportes para terroristas em Bagdá (CNN). 

Existem vários casos de políticos brasileiros ligados ao narco-tráfico (Congresso em Foco). A questão então torna-se muito mais séria. Não é apenas canalizar lucros das drogas para financiar a jihad, mas a possibilidade de influenciar o próprio governo. 

A Polícia Federal tem uma tarefa árdua à sua frente. O governo federal precisa reforçá-la. E o Ministério da Defesa também precisa ficar ainda mais atento do que já está. 

A coisa é muito séria!

Não podemos permitir que o Brasil se torne um Líbano. É melhor evitar que estes grupos islâmicos se instalem no Brasil.

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