A destruição do homem ocidental

Ano após ano, a infiltração revolucionária na cultura do ocidente em doses homeopáticas atinge um patamar de sutileza cada vez maior a tal ponto que, para que seja percebida, exige de nós não só um enorme esforço, mas a coragem de digladiar-se com um mundo tomado pelo politicamente correto, o qual aguarda de prontidão para imputar o mais hediondo sentimento ao primeiro que ousar não dizer ”amém” ou ”sim senhor” para qualquer pauta do movimento LGBT, abortista, feminista e afins. 


Nessa toada o homem ocidental, isto é, aquele que dentro de si tem semeado uma estrutura sólida fundada em uma hierarquia de valores religiosos, morais e institucionais, aquele que crê ser herdeiro de coisas boas e atemporais, se vê compelido a lidar com uma série de situações que, no mais das vezes, farão de tudo para que a sua noção de pertencimento se esvaia dando lugar ao sentimento de solidão ou mesmo a sensação da iminência de uma vida caótica em sociedade, onde tudo que se encontra presente em seu íntimo já não tem morada na realidade. O homem ocidental sofre de ataques que, sobretudo, visam remodelar a sua figura por meio da ocupação de espaços, muito bem ensinada por Antônio Gramsci, sendo quase imperceptível mas que, aos poucos, perpetram um trabalho desconstrucionista no seu imaginário, partindo de simples slogans de publicidade que enaltecem a figura sorridente de um homem cheio de brincos, piercings, alargadores, tatuagens, usando as roupas mais esdrúxulas e os cortes de cabelos mais bizarros que se possa imaginar, constituindo assim a cada esquina, a cada passeio com os filhos, a cada jantar com a esposa, a cada cinema com a namorada um lugar em que o homem tradicional já não tem mais espaço algum. 

Essa é só uma das situações pela qual se pode traduzir o cárcere do homem ocidental, as universidades em geral na forma de seus docentes, a mídia internacional – que serve de cabo referencial para a mídia nacional -, os ordenamentos dispostos pela ONU (depois do Partido Bolchevique, o maior partido de esquerda que o mundo conheceu), promulgam a desconstrução do homem com a imagem de um pai que, sob a promessa de ser considerado ”acolhedor e bom”, aceita tudo e, ao questionar a conduta de seus filhos, corre o risco de receber de todas as autoridades supramencionadas o título de ”machista e autoritário” ou de alguém ”atrasado” e com isso conclui-se com sucesso um ataque à tão odiada família atingindo em cheio um de seus maiores pilares: a autoridade que existe no lar, destruindo, ainda, uma verdadeira muralha da civilização ocidental, a propriedade privada, sem ter de promulgar uma lei sequer mas sim remodelando-a, de dentro para fora, por meio de infiltração cultural, de modo que a propriedade privada já não mais segue a uma continuidade ditada pela tradição familiar, mas sim a uma nova diretriz de agentes externos, dentre eles, o Estado. Os comunistas da atualidade não precisam de leis para destruir nossos bens.

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