Sobre o “cristianismo” atual e a sua insuficiência

Por Gustavo


Apesar de ser cristão, tenho hoje muitas dificuldades de ir à igreja. A mensagem pregada tem sido muito vazia e a interferência na vida social dos necessitados tem sido muito escassa. A religião cristã, antes dotada de valores revelados por Deus, hoje tomou uma proporção de “religião social” (objetivo do marxismo cultural), desacreditando a bíblia e colocando ênfase no ego do homem, para que, assim, haja uma religião humanista e não teocentrista. O problema da religião humanista é que o centro de tudo tornou-se o ego do homem, não Deus e nem o amor pela humanidade, anulando, assim, a prática de dois grandes mandamentos (Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo). O resultado disso tem sido a criação de uma geração fria, covarde, fraca de amor e de espírito, que chama qualquer tipo de coito de “amor” e torna “expressivamente valoroso” a sua ascensão social, o seu dinheiro, o seu ego, seus bens materiais e outras coisas tão passageiras quanto essas, deixando de lado o que realmente é eterno e importa: o espírito.

É uma pena que o marxismo cultural tenha entrado nas igrejas e conseguido destruir a moralidade e a espiritualidade do povo, alicerces da sociedade. De quem é a culpa? Nossa mesmo, os cristãos. Nós temos inimigos e vivemos como se não tivéssemos. Não oramos, não jejuamos, não amamos a Deus e ao próximo, não fazemos caridade, cultivamos a imoralidade, não sentimos nojo das distorções sociais que nos leva ao pecado (separação de Deus), assistimos novelas da globo e até mesmo pornografia.

Apesar de não alimentarmos bem o nosso espírito, alimentamos excessivamente o nosso ego. Lembro-me de que, quando me converti ao Caminho (Cristo), a primeira oração que fiz foi pedindo que Ele me ensinasse a amar as pessoas, eu sabia que era necessário aprender a amar para evoluir e realmente não conseguia. Deus atendeu a minha oração e essa foi a época em que eu mais fui machucado pelos seres humanos na minha vida. Assim pude aprender a amar e perdoar, que estão intrinsecamente ligados. A dor me foi o caminho do aprendizado.


Hoje eu vejo as pessoas pedindo em suas “orações” somente ascensão social (reconhecimento e glória humana), carros, casa e relacionamentos que tratarão com superficialidade porque não sabem amar, tentando fazer barganhas com Deus: “Eu faço esse sacrifício e você me faz aquilo”; ou o famoso “eu faço tudo certo, por que eu sofro tanto?”, como se fosse merecedor de uma felicidade que sequer luta por ela. Amigo, nunca aprendeu que para Deus mais vale a obediência do que o sacrifício? A felicidade não é um bolsa-família. Deus não quer te manter preso, mas livre. Esqueça os líderes que te ameaçam com o inferno caso não faça a vontade deles. Viver sem o amor de Deus já é um inferno.

O pior de tudo, é que eu olho para essas pessoas e enxergo a mim mesmo antes de conhecer a Cristo. Tenho compaixão delas em tentar alertá-las: estamos vivendo um “cristianismo” sem Cristo, onde pessoas que se dizem cristãs estão fumando maconha, cultivando pornografia, corrompendo sua proteção espiritual com tatuagens, piercings e alargadores, vivendo as modas atuais que na verdade já ocorriam há muito tempo em religiões de práticas obscuras, fazendo vários pactos de sangue e de alma ao transar com várias pessoas e enfraquecendo-se espiritualmente… etc. etc. etc.

Eu poderia citar milhões de exemplos que têm destruído regularmente a espiritualidade dos cristãos em todo o mundo, principalmente dos brasileiros. Antigamente eu me perguntava: “por que grande parte do nosso cristianismo que não tem efeito positivo nenhum sobre a vida das pessoas e da sociedade?”. Hoje eu sei a resposta: estamos vivendo um “cristianismo” sem Cristo. Assim, jamais poderemos salgar a terra e iluminar o mundo, pois tomamos a mesma forma do mundo e estamos tão escuros quanto eles.

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